segunda-feira, 19 de março de 2012

Coração de concreto

É uma longa e difícil caminhada pela frente, meus irmãos. A cada dia verifico a complexidade ao assumir a responsabilidade da mudança interna. Conseguir eximir-se de pensamentos sombrios e que rebaixam nossa energia para frequências não muito agradáveis é uma tarefa diária, e devemos vigiar constantemente.
Eu sei quais as minhas dificuldades, cada um de nós sabemos onde é que aperta mais. Pequenas atitudes podem mudar nosso dia completamente. Principalmente a nossa reação para com as ações. 
No sábado, tive de pregar uns pregos na parede para fixar alguns quadros. A parede era tão dura, tão dura, que eu consegui entortar 52 pregos (juro, eu contei). 52 pregos foram entortados e não obtive sucesso no meu objetivo. Lógico que fiquei muito nervoso, xinguei, esperneei, e para piorar, bati o martelo no dedo. Imaginem só a cólera!
Ao passo disso, escrevendo esse post, parei para refletir sobre dois pontos: a raiva e a dureza de nossos corações. 
Por que a raiva consegue nos consumir tanto, ao passo até de magoarmos quem mais amamos e fazer coisas estupidas, simplesmente por acharmos que estamos em "nosso direito" de sentir o ódio por não ter exito em alguma atividade?!
E ainda...
Será que assim como a parede, nossos corações se encontram tão duros que dificultam que Deus possa fixar belos quadros em nosso espaço? Quantos pregos será que já foram entortados na tentativa de embelezar e melhorar nossos corações de concreto puro? Quantas pessoas já não martelaram o próprio dedo e desistiram de tentar nos ajudar a sermos melhores e firmes na caminhada? 
Você vai deixar quantas pessoas frustradas em não conseguir exito rumo ao seu coração?! Será que não é melhor transformá-lo em uma parede flexível e leve que aceite os pregos para fixar boas coisas com a sabedoria de entender até as ruins?
Falo isso por experiência própria. Todas as vezes que deixei minha parede "mais leve" vieram parafusos e entraram com toda força, abalando a estrutura. Após cada problema desses, eu endurecia a parede para evitar novos machucados, sem saber que evitava também a própria cura.

Autor: T.

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